A instalação artística COLHEITAS proposta por Milita Doré tem o objetivo de sensibilizar sobre a situação social e ambiental que levou ao abandono da cultura de subsistência nos últimos cinquenta anos. Os passeantes são projetados num ambiente de cultivo e de alegria. Assim, caminhando para a Fonte da Benémola poderão avistar, entre árvores e arbustos, alguns patamares ocupados por tiras de tecido amarelo, onde os corpos trabalhavam e se cruzavam numa atividade frenética. A escassez da água acalmou os movimentos e trouxe o silêncio.
Respondendo a uma preocupação atual dos proprietários, vão ser cercadas algumas árvores de frutos - espalhadas pelos terrenos ou na beira dos caminhos -, com uma tira de tecido amarelo, sensibilizando os coletores furtivos sobre a distância que deveria existir entre eles e as árvores, e para que os habitantes tenham ainda a alegria de comer as suas frutas.

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Notas Biográficas:

O seu trabalho, de forma geral, incide à volta da presença do corpo, de maneira figurativa ou envolvendo de qualquer forma a sua presença ou ausênca e utiliza vários meios para transmitir as suas ideias. Interessa-se pelas interacções dos seres humanos no contexto psicológico, consciente e inconsciente.

Natural de Albufeira (1958) vive os seus primeiros 30 anos entre Paris e Cannes e regressa ao Algarve em 1988. Expõe desde 2004 e segue as aulas de Teoria da Estética no Ar.Co em 2009. Segue os cursos de Arte Contemporânea MOBILEHOME organizados por Nuno Faria entre 2009 e 2012. Em 2018 licencia-se em Arte Visuais na UALG e integra a Associação 289 em Faro

Destaca as exposções “Mulher sem título” (2012/2014) itinerante em Portugal, “EVO Frauen in den Veltreligionen” (2013) Bonn/Alemanha, “289 Projeto de Pedro Cabrita Reis” (2018) Faro e “Montanhas de Amor” (2020) Faro.