7 e 8 de agosto 2021 - 10:00 - 22:00
Fonte Grande Alte
GEOPALCOS - Arte.Ciência.Natureza
Festival “Musica das Fontes” em Alte, abrange dois dias dos concertos no ar livre, algumas oficinas dos artistas locais (danças tradicionais, contos, plantas, ioga) e uma palestra sobre os instrumentos tradicionais do Algarve.
O motivo principal deste encontro nas Fontes será o elemento da água.
Água, que além de ser indispensável no nosso dia a dia, vai servir de cenário dos concertos, servirá de inspiração quer para músicas, quer para a imagem visual do evento. Será apresentado o folclore local - tocado, cantado e dançado -, como parte importante do património imaterial deste território, como forma de sensibilização dos espetadores e visitantes, para a sua beleza e o perigo real do seu desaparecimento.
No seio da natureza, através dos sons e das cores da água, da beleza da poesia, com instrumentário da voz, guitarra portuguesa, viola, harpa e alaúde, pretende-se criar uma harmonia emocional com o ambiente natural.
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Notas Biográficas:
José Alberto Sardinha – etnomusicólogo e investigador de música tradicional portuguesa, com recolhas realizadas nas aldeias de todas as províncias do país. Possui vasta obra publicada sobre as tradições populares musicais em Portugal, de que se destaca: “Idanha-a-Nova, toques e cantares da vila”, “Portugal – raízes musicais”, “Tradições Musicais da Estremadura” e “A Origem do fado”. As músicas recolhidas por ele foram editadas em discografia intitulada “Portugal, raízes musicais” (1997).
António Rola - Nascido em 1952 na Penina, filho do acordeonista Manuel Rola. Com 14 anos apaixonou-se por instrumento do seu pai e começou aprender a tocar. Junto com pai frequentava ensaios e apresentações do Grupo Folclórico de Alte. Com 16 anos começou tocar no grupo e ficou acompanhando-o quase ao longo de meio século. Alem disso tocava nos bailes da Freguesia. Durante a sua estadia no Canada, conheceu e acompanhou fadista Anita Guerreiro. Toca sempre do ouvido. Gosta de tocar fados, corridinhos e valsas.
Ferdinando Silva - Nasc. 1959 em Alenquer. Desde 9 anos cresceu no bairro de Alfama (Lisboa), onde conheceu grandes fadistas - suas vizinhas ou mães dos colegas, como Argentina Santos ou Herminha Silva. O Fado chamou-o, quando se reformou. Frequentou tertúlias e tardes do fado, ate uma vez foi convidado para cantar na Radio Amália. Desenvolveu admiração pela poesia do fado e pormenores das letras. Fadista e fotografo do fado, cantando e documentando fado em Lisboa, e no Algarve.
Renata Violetta - Pintora e cantora polaca, nasc. 1972. Graduada pela Academia de Belas Artes em Varsóvia (2000). Veio para Portugal em 2014 por causa da sua fascinação pelo fado, que quis conhecer e aprender a cantar. Entre 2014-2017 frequentou e cantou nas varias tertúlias e Casas do fado em Lisboa, atuou também em Varsóvia, Évora e Alte. Colaboração com artista, professor Daniel Vieira, resultou em projetos realizados em conjunto: „Labirinto” - percurso artístico por Alte, com 16 murais pintados por ela e um vasto repertório das canções tradicionais portuguesas.
Daniel Vieira - Pintor e gravador, nasc. 1937 em Alte. Dedicou-se a pintura por influencia do seu pai. Aluno noturno da escola António Arroio, Eterno estudante da Academia de Belas Artes de Lisboa licenciado em pintura, especializado em gravura, que exerceu durante décadas na Cooperativa de Gravura, em Lisboa. Suas pinturas e gravuras foram expostas em varias exposições. Galardoado com vários prémios em pintura e gravura. Era também professor da educação visual muitos anos. Musico, ator e cantor amador, admirador da musica tradicional portuguesa.
Adriano Alves “Dinga”, musico. Nasceu em Teofilo Otoni, Minas Gerais-Brasil em 1969 e é residente habitual em Loulé desde 2011. O baixo elétrico é o instrumento de eleição. Em 1992 vem para Portugal onde integra vários projetos musicais com participação na gravação de mais de 20 cd´s. Integra desde o início de 2020, o Projeto Mariza - Tour 2020/2021.
Ricardo J. Martins, desde sempre influenciado por vários géneros musicais encontrou na Guitarra Portuguesa a forma de exprimir os seus sentimentos sonoros. Em 2018 o seu tema “Corre Corre Corridinho” venceu a categoria de “Melhor Música Instrumental” pelo IPMA (International Portuguese Music Awards). Até agora gravou três albuns: (2014) Ricardo J. Martins, (2017) Cantos e Lamentos e (2021) Escapismo.
Foudyl Zauia, francês nativo a viver no Sul de Portugal. Um profissional multi-criativo de arte digital, explorador de alta consciência. Obtém sua inspiração e influência da física quântica, alquimia, geometria dos fractais e abordagem da consciência. Músico: guitarrista de jazz funk, baixista, baterista (fusão), pianista (música épica), compositor, artista 3D (escultura, impressão, edição de vídeo), fotógrafo, pintor, graphic designer, professor e mestre de Reiki.
Carlos Matoso, nascido em Alte em 1964, entrou para o Grupo Folclórico com apenas 9 anos de idade e dançou nele, junto com a sua esposa Fátima Matoso, 4 décadas, ate o fim da atividade do Grupo em 2017. Além de ser dançarino fez parte de várias direções, sendo também ensaiador do Grupo nos últimos anos. Os dois deram workshops de dança tradicional na Escola Profissional de Alte; no festival FUSOS, e participaram inauguração do passeio artístico „Labirinto” em Alte (2019).
Rancho Folclórico de São Bartolomeu de Messines, fundado em 1976. Em 1981 foi iniciada a recolha de costumes, danças, cantigas e trajes do fim do século XIX e princípio do século XX, junto da população mais idosa do concelho. A tocata é composta por acordeões, ferrinhos, viola, bandolim, pinhas e castanholas algarvias. Desde 1985 membro efetivo da Federação de Folclore Português. Os bailhos (bailes) de gana, de roda, mandados, marcadinhas, sagorrinhas e jogo do estravanca, são exemplos da tipicidade da época, a que o grupo procura ser fiel zelador.
André Guerreiro, “Algarvie Marafade” natural de São Bartolomeu de Messines, aos 7 anos de idade integrou o Rancho Folclórico de Messines, ao qual ainda é o membro. Desde os 15 anos tem efetuado recolhas etnográficas na freguesia. Tem recolhido modas, coreografias, anedotas, lengalengas, trava-línguas, motes e quadras, que executa e partilha nas redes sociais como „Algarvie Marafade” e que já apresentou nas varias festas, convívios e programas da televisão. Toca vários instrumentos.
Eduardo Ramos – Compositor, cantor, e Multi-instrumentista, sendo o Alaúde Árabe o seu instrumento principal. Além de tocar e cantar músicas de sua autoria, no seu reportório constam Cantigas Medievais- Galaico – Portuguesas, Cantigas Judias -Sefarditas do Séc. XIII e Árabes. Tem feito concertos em Portugal, Europa e Marrocos.
Jorge Soares - Bonecreiro/ Actor/ Encenador. Natural de Faro, concluindo o Curso Avançado de Fotografia e a sua Formação Teatral em Lisboa, viveu quase sempre em Lagoa, entre a poesia, o Teatro D. Roberto e o enlear de desafios entre a palavra, a música e a forma animada; num Algarve envolto em lendas mouriscas que teimam, encantadas, em não desaparecer.