Ao cruzar o Barrocal há espaços rurais humanizados, zonas de mato e agrícolas e belos exemplos do património cultural edificado. O Castelo de Paderne, da última fase da ocupação muçulmana - segunda metade do séc. XII - assenta numa colina calcária, resquício de um mar tropical do tempo dos dinossáurios. Podemos ainda apreciar a Ponte do Castelo e a Azenha da Cabana, com valor patrimonial e cultural. Saímos de Paderne deslizando pela várzea fértil da Ribeira de Quarteira, solos aproveitados pelos povos que aí se instalaram ao longo dos últimos 4 000 anos.
Pomares de citrinos, vinhedos e plantações de regadio, poços, noras, levadas e outros engenhos de rega, transmitem-nos o modo de vida do Homem Rural e evidenciam o aproveitamento da água no mediterrâneo. Após a Azenha do Castelo, chegamos aos pontos mais importantes da freguesia de Paderne, o Castelo e a velha Ponte Medieval, com vista sobre o desfiladeiro, serpenteado pela Ribeira de Quarteira. O meandro que contorna o Castelo, numa curva bem apertada, como se o protegesse, resultou da atividade da Falha de Quarteira (também conhecida por Acidente de S. Marcos). Esta extraordinária morfologia cria aqui um microclima, que permite o desenvolvimento de uma vegetação muito exuberante e diferente das zonas adjacentes.
No regresso, no topo do Cerro do Leitão, está o Moinho do Leitão. Registe a magnífica vista, a partir do vértice geodésico que se eleva a 150 m.
Ponto de Partida: aldeia de Paderne, junto ao Estádio João Campos
Ponto de Chegada: aldeia de Paderne, junto ao Estádio João Campos
Distância: 11 km
Duração: 3h30
Tipo: Percurso Circular
Dificuldade: fácil (nível II)
Altimetria: D+ 295m